prisão
Encontro com a sombra
Rabindranath Tagore
“Aquele que aprisiono com meu nome fica gemendo nesta prisão.
Vivo ocupado em construir este muro à minha volta;
e, dia a dia, à medida que o muro sobe até o céu,
vou perdendo de vista meu verdadeiro ser na escuridão de tua sombra.
Orgulho-me deste alto muro e o revisto com terra e areia,
para que não se veja nenhuma rachadura neste nome.
E, com os cuidados todos que tomo,
vou perdendo de vista meu verdadeiro ser.”
._.Camila Venturin.

missão pessoal
A minha reflexão de hoje fala sobre a importância de termos a nossa missão pessoal muito clara para que ela subsidie as nossas escolhas e ações ao longo da vida.
Cada pessoa, de acordo com seus valores, crenças e filosofia de vida, tece a sua missão de maneira muito peculiar…
“ A forma mais eficaz que conheço para começar com o objetivo na mente é desenvolver uma declaração de missão pessoal, filosofia ou credo. É importante se  concentrar naquilo que a pessoa deseja ser (caráter) e fazer (contribuições e conquistas), e nos valores ou princípios nos quais o ser e o fazer estão fundados.
Uma vez que cada indivíduo é único, uma declaração de missão pessoal irá refletir sua unicidade, tanto na forma quanto no conteúdo.
Um guia pra você:
“Primeiro seja bem-sucedido no lar.
Busque e seja digno da ajuda divina.
Jamais comprometa sua honestidade.
Lembre-se das pessoas envolvidas.
Ouça os dois lados antes de julgar.
Procure se aconselhar com os outros.
Defenda os ausentes.
Seja sincero e firme.
Desenvolva uma nova habilidade por ano.
Planeje hoje o trabalho de amanhã.
Ocupe-se enquanto espera.
Mantenha uma atitude positiva.
Tenha senso de humor.
Seja organizado pessoal e profissionalmente.
Não tenha medo dos erros – tema apenas a falta de respostas criativas, construtivas e capazes de superar estes erros.
Facilite o sucesso dos subordinados.
Ouça o dobro do que fala.
Concentre todas as habilidades e esforços no trabalho que tem a sua frente, sem se preocupar com o próximo emprego ou com a promoção.”


Podemos dizer que uma declaração pessoal de missão é a constituição da pessoa. Assim como a Constituição dos Estados Unidos, ela é fundamentalmente imutável. Em duzentos e tantos anos ela recebeu apenas 26 emendas, dez das quais faziam parte da Declaração de Direitos original.
Uma declaração de missão pessoal baseada em princípios corretos torna-se o mesmo tipo de modelo para o indivíduo. Passa a ser sua constituição pessoal, uma base para a tomada de decisões importantes, cruciais em sua vida. E uma base para a tomada de decisões cotidianas, em meio ao turbilhão de circunstâncias e emoções que afetam sua vida. Ela confere ao indivíduo a mesma força eterna, nos momentos de mudança.
As pessoas não podem conviver com a mudança se não houver um centro imutável dentro delas. A chave para a faculdade de mudar é a sensação imutável do que somos, do que fazemos e do que valorizamos.
Com uma declaração de missão, podemos realizar muitas mudanças. Não temos necessidade de prejulgamentos ou preconceitos. Não precisamos esclarecer mais nada na vida, nem estereotipar e classificar tudo e todos para nos encaixarmos na realidade.”
.-.Camila Venturin.


Aguia ou galinha
Outro dia, conversando com uma amiga à respeito de essência do ser humano, pude perceber o quanto ela é real. Eu dizia que só não muda a essência quem tem a “síndrome de Gabriela” (eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim..), entretanto ouvi suas sábias palavras que me conduziram à uma reflexão e certeza de que temos, sim, uma essência divina, somos muito mais do que julgamos ser desde que nascemos, até porque sua essência não data de nosso nascimento aqui. Somos filhos do Deus e irmãos da Natureza. A fábula da águia e da galinha é uma estória que vem de um pequeno país da África Ocidental (Gana) e, de uma maneira sutil, nos mostra que podemos escolher não ser fruto do meio, mas fazer valer quem, de fato, somos.
“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha. Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: – Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
 O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. – Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. – Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a  águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou.”
Bons vôos para você!!!
.-.Camila Vneturin.
Gandhi
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
Mahatma Gandhi

 Tem um texto que, talvez, muitos já tenham tido oportunidade de ler na internet, porém, quis compartilhar essa mensagem para mostrar que de nada adianta termos aquilo que consideramos ‘tudo’ se  não tivermos olhos para enxergar o valor de cada peça dessa totalidade.
“Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos.Ele respondeu:
A Política, sem princípios;o Prazer, sem compromisso;
a Riqueza, sem trabalho;
a Sabedoria, sem caráter;
os negócios, sem moral;
a Ciência, sem humanidade;
a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,que as pessoas são tristes, se estou triste,que todos me querem, se eu os quero,que todos são ruins, se eu os odeio,que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,que há faces amargas, se eu sou amargo,que o mundo esta feliz, se eu estou feliz,que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.A atitude que eu tome perante a vida e’ a mesma que a vida vai tomar perante mim.“Quem quer ser amado, ame”

Tudo aquilo que fazemos, de alguma forma, retorna para nós; se jogo uma bola contra uma parede com determinada força, é com essa intensidade que ela voltará para minhas mãos: simples assim!
Compreenda que o cenário em que vive hoje, foi você quem criou. Se você cultivou amizades, foi capaz de sorrir e compreendeu que ninguém precisa lidar com sua irritação ou mau humor, você terá na sua vida amigos fiéis e pessoas solícitas e compreensivas.
Não espere que, sendo uma pessoa estressada, irritável, vingativa, invejosa ou preguiçosa, que todos, na sua vida estejam dispostos a te ajudar e sorrir para você.
Penso que é perfeito quando o texto nos fala “A vida é como um espelho”. Nos faz refletir que depende de nós a escolha das cores que irão colorir nosso mundo e que, antes de qualquer coisa, a primeira atitude é nossa, ou seja, eu primeiro preciso saber ser grata para receber gratidão, preciso promover a mudança, para que as coisas mudem.
Agora, olhe-se no espelho e repare: você está a sorrir?

.-.Camila Venturin.


.- Eu sabia de toda a verdade, sempre soube
.- Mais todos escondiam as de mim
.- No fundo todos desconfiavam que eu sempre soubesse
.- Mais preferiam acreditar que eu não as soubesse
.- Eu não precisava que ninguém tomasse a iniciativa de me contar
.- Mais esperava encontrar o porque de toda aquela hipocrisia
.- Por tempos acreditei que era medo, não de mim e sim da verdade
.- Hoje descobri que cada um tem sua verdade
.- Pois cada um acredita naquilo que lhe convém, naquilo que o faça bem
.- E que toda aquela hipocrisia não era medo, e sim covardia.



Por isso hoje só digo a verdade, mesmo que ela seja diferente daquilo que todos possam acreditar. Confesso que as vezes sinto medo, de com a minha verdade machucar, mais prefiro enfrentar meus medos com a sinceridade, do que ter de viver nesse mundo hipócrita como mais um covarde. 
.-. Camila Venturin.



Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.                                  .-.Camila Venturin    .



Escolhas de nossas vidas
Há algum tempo, li um livro do escritor Carlos Castañeda chamado “A Erva do Diabo”. Um trecho dele ficou guardado para sempre na minha lembrança: um diálogo com o índio Dom Juan que falava da importância de se encontrar um caminho de vida que fosse verdadeiro para si mesmo. Nele, Dom Juan ainda falava sobre a importância de esquecer o que os outros achavam que ele deveria fazer ou ser e que a vida tinha um significado para cada um.
Não tenho mais este livro em mãos, mas numa pesquisa na internet foi possível resgatar este trecho, segue:
“[… ]Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que o seu coração lhe manda fazer.
Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Essa pergunta é uma que só os muito velhos fazem. Dir-lhe-ei qual é: esse caminho tem coração?[...]"
Todos os caminhos são os mesmos; não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um caminho torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro caminho o fará maldizer a sua vida. Um torna-o forte, o outro o enfraquece.”
Para complementar esta reflexão, li há pouco um texto da Elisabeth Cavalcante e ela aborda este assunto sob outros ângulos:
“Um dos maiores entraves para que levemos uma vida de harmonia e paz é o medo de decidir. Quando se trata de fazer escolhas, muitos de nós sentem-se indecisos, confusos e temerosos de tomar a decisão errada. Por que será que, na maioria das vezes, duvidamos de nossa capacidade de escolher o melhor caminho? Certamente, porque costumamos nos guiar pela mente, pois isto é o que nos foi ensinado, que a razão é o único mestre confiável.
Ocorre que nem sempre o que a razão determina é o que nos fará feliz. A maior parte das escolhas ditadas pela mente têm como fonte valores que nos foram impostos pelo mundo exterior. E se baseiam em sua maioria no medo, na tentativa de nos proteger de que algo dê errado.
Então, quando nos guiamos por elas, o resultado pode ser desastroso, visto que tende a nos levar na direção contrária do que nosso coração deseja. Como mudar este padrão de comportamento? A observação consciente é o único caminho.
Se aprendermos a nos manter alertas, seremos capazes de perceber quando a mente tentar nos direcionar para a insegurança e a sensação de ameaça, diante de uma escolha.
A diferença essencial entre aquele que toma atitudes conscientes e o que se guia apenas pelas regras alheias, é que o primeiro está disposto a pagar o preço que for preciso para seguir o seu coração.
O segundo precisa sempre de garantias antecipadas de que a opção que fará é a mais acertada. Mas, a certeza absoluta de que algo nos fará felizes, só virá a partir da experiência. Por mais que tentemos prever o resultado, nada é garantido antes que vivenciemos de modo real, concreto, uma situação.
Então, a saída é aprender a confiar em nosso insight, naquilo que nossa visão interior aponta como o que necessitamos para alcançar a felicidade. Mas, nenhum insight poderá ser percebido se estivermos tomados pela energia do medo. Ela bloqueia toda a qualquer capacidade de percebermos nossas intuições.
Confiar nesta percepção, sem se importar em querer seguir padrões impostos, é a única forma de decidir sem que a dúvida esteja presente. E, ainda que erremos, este erro não deve ser tomado como um fracasso, mas apenas como uma etapa em nosso permanente processo de aprendizado.”
Bons ventos lhes sopre o que seu coração precisa para ser feliz!
.-.Camila Venturin.