caminho
Talvez o maior obstáculo no caminho do bem-estar, da harmonia, do crescimento e da felicidade esteja nas reflexões e/ou nas observações que nos fazemos, isto é, no que pensamos e julgamos a respeito de nós mesmos. Podemos paralisar nossa liberdade, nossa criatividade e nossas expressões maiores – qualidades do nosso ser -, ou seja, nosso desenvolvimento, por não sabermos “vencer as impressões imediatas” que construímos sobre nós e muitas vezes por querermos permanecer na forma desejada e esperada por outras pessoas, nos limitando às suas aprovações ou não.
É comum questionarmos sobre isto ou aquilo, sim ou não, faço ou não faço, digo ou não digo, sigo ou não sigo, me visto ou não me visto, mostro-me como sou ou não me mostro…, e a escolha, geralmente, torna-se difícil e desgastante. Em agindo assim, somos agredidos por nossas limitações, por nossas dúvidas, restringimos nossa autenticidade e “depreciamos nosso processo evolutivo”, diante dos medos e dos conflitos entre ser ou não ser.
Acerca disso,vamos as palavras de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, e reflitamos:
“Nosso medo mais profundo não é de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida.
É a nossa Luz, não nossa Escuridão, que mais nos assusta.
Nós nos perguntamos:
¾ Quem sou Eu para ser brilhante, atraente, talentoso, fabuloso?
Na verdade, quem é você para não ser?
Você é uma criança do Espírito.
Você, pretendendo ser pequeno, não serve ao mundo.
Não tem nada de iluminado no ato de se encolher
Para que os outros não se sintam inseguros ao seu redor.
Nascemos para manifestar a glória do Espírito que está dentro de nós.
Não está só em alguns de nós; está em Todos Nós.
E, à medida que deixamos nossa Luz brilhar,
Damos permissão para outros fazerem o mesmo.
À medida que liberamos nosso medo,
Nossa presença libera outros.”
Luz e crescimento,



relacionar-se
Estava refletindo esses dias sobre o que, para geração atual, significa ser amado,o que está sendo buscado nos relacionamentos e aquilo que é esperado daquele que escolhemos para estar ao nosso lado.
Compreender o peso que damos para certas características e aquilo que julgamos como essencial deve estar muito claro para nós para que uma relação possa começar com bases sólidas e transparentes.

 Uma fase onde ‘eu te amo’ é usado sem critérios.
EU TE AMO… NÃO DIZ TUDO!

“Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água.
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
.-.Camila Venturin.


Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!”
"O bonito me encanta. Mas o sincero... Ah... Esse me fascina...Clarice Linspector

O medo de perder o outro pode nos transformar em um criminoso. Isso porque chegamos à  escravizar o outro, impedindo que ele tenha vida própria, fartando-o de objetos fluidos ou porque dou cabo à vida, covardemente, por preferir a morte de quem penso que amo a abrir espaço para que um  outro amor frequente a sua história. Os crimes passionais estão na ficção e na vida nos ensinado a tomar cuidado.
Enganamo-nos muito com quem chegou ontem e trancou nossas esperanças. Embriagamos-nos de paixão e ficamos encerrados nos porões da casa antiga. Sim, porque a casa nova é aquela que construímos juntos. Cada qual com seu tijolo, seu esforço, seu palpite. juntos. Na amizade ou no casamento. Juntos. Sem prevalência de desejos nem de posições. Sem covardia. Sem permissão de que a força física ou financeira comande. Juntos. Não pode um crescer e  o outro assistir. Um crescer e o outro aplaudir. Sim, o aplauso faz parte, desde que se revezam no palco os artistas.
Quantos são os que deixam de viver por causa dos outros e depois cobram o quinhão de vida que foi desperdiçado. Quem ama, zela: quem ama, celebra, partilha.
Nada de verdades radicais, apenas diálogo. Mesmo que eu continue com a ideia anterior oque importa é que eu permita o confronto, o contrario. O conhecimento ajuda a por fim ao radicalismo. Um 'jovem' radical é um perigo porque não tem medo. É preciso ter medo. O medo é vital, necessário, imprescindível. Sem medo nos coisificamos. Sem medo acabamos antes de começar. O medo gera cuidado que gera o compromisso com a vida. A vida própria e a vida alheia como dialética do encontro. E, do encontro, nasce o amor. O amor puro, verdadeiro. Não o que escraviza ou mata. O amor que não discrimina, que não conhece o preconceito, até porque entende o conceito da diferença. Façamos das diferenças pontes em vez de muros. Eu abomino o preconceito. Acho inadmissível qualquer presunção de superioridade de uma raça ou de um gênero ou de uma classe social e assim por diante. E viva a diferença!!!
                                                             .-.Camila Venturin.