“Cada escolha é uma assinatura. Cada escolha diz ao mundo e a você, quem é realmente você e quem você deseja ser. Todos nós mudamos o tempo todo e, portanto, se você não gosta de quem é, pode escolher mudar. Pequenas mudanças, no curso do tempo, provocam resultados muito diferentes. Você pode mudar sua “assinatura de vida” quando bem entender.
Um problema comum, quando uma pessoa analisa a vida, é imaginar que tudo é esquerda ou direita, preto ou branco, para frente ou para trás, para cima ou para baixo. As pessoas tendem a pensar de maneira bipolar. Ou estou feliz ou estou deprimido; ou sou rico, ou sou pobre; ou o dia está ótimo, ou está péssimo; ou a viagem foi excelente ou foi um desastre.
Falo isso com experiência própria, experiência vivida. Devemos estar atentos.
“Lembre-se: na vida, há sempre muitas placas de sinalização. É fundamental estarmos atentos a essas placas, pois elas orientam nossa caminhada. Não adianta tentar destruí-las, trocá-las de lugar, nem fingir que não as vemos.
A vida sempre nos avisa quando estamos no caminho errado. Às vezes, no entanto, nossa inconsciência nos impede de perceber o que estamos fazendo conosco mesmos.
É primordial fazermos uma auto-observação.
Primeiramente nos reconhecemos como criadores e nos responsabilizamos por nossa vida. Começamos a perceber que criamos as causas dos efeitos que vivemos.
A etapa seguinte é a lenta e gradual modificação dos hábitos, ou seja, ‘o uso’ dos padrões sistematizados de comportamento que geram resultados negativos para o nosso entendimento.
É nessa mudança do uso de padrões que começamos a perceber que, senão tudo, quase tudo que nos acontece é provocado por nós mesmos e que o outro nada mais é do que um mero coadjuvante na peça que montamos e da qual somos escritor, produtor, diretor, crítico de arte e ator principal.
                                     suavidade



Gostaria de propor, nesse início de semana, uma reflexão sobre o quanto nós “abafamos” os reais sentimentos e desejos da nossa alma para nos “adequarmos” aos que os outros esperam de nós… Com isso, sufocamos a nossa essência e nos afastamos daquilo que realmente somos… E adotamos um papel que, muitas vezes, não nos cabe… E criamos controles e mais controles para mantermos esse papel…
“Às vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente… Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente… Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar…
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser… Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção…
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos… Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado…
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar… doçura, compaixão… a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos… daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: você está me machucando… pode parar, por favor?. Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor…
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis…
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto… Que consigamos docemente viver… sentir, amar… “
by Camila
                        bem sofrer

Acho que ninguém tem dúvidas que todo ser humano sofre… Em maior ou menor intensidade, mas sofre… Lembro da minha mãe dizendo que o que faz a diferença na vida das pessoas é como elas escolhem lidar com o problema, com o sofrimento… Mas, apesar do sofrimento, podemos ser felizes! Isso é fato!
O Bem sofrer
“Que todo mundo sofre, a gente pode imaginar.
Sinceramente, creio que não haja sequer um ser vivo nesta dimensão que não sofra.
Jesus Cristo sofreu, Lady gaga sofre, Bin Laden sofreu, Angelina Jolie e Brad Pitt sofrem, Bill Gates sofre, Xuxa sofre, eu sofro e suponho que você também…"
Então, esse danado de sofrimento tem de servir para algo de bom!
Mas depende de nós, de como reagimos à dor, de como encaramos os momentos de angústia e aflição…
Aprender a transformar a dor em amadurecimento é uma tarefa que exige topete, como diria minha avó!
E parto do princípio de que existem três caminhos para lidar com ela, sendo que apenas um deles pode nos conduzir a uma condição realmente válida: a transformação do sofrimento em consciência e, conseqüentemente, em felicidade:
1- Fingir que não estamos sofrendo, desconectarmo-nos da dor, vestirmos uma armadura e simplesmente não entrarmos em contato com aquilo que nos machuca e nos faz perceber o quanto não sabemos lidar com a situação e, portanto, o quanto ainda temos o que aprender…
2- Sofrer exageradamente, descabidamente, nos perdendo e nos desrespeitando; passarmos a implorar pela atenção e pela piedade do outro; ignorar nossa auto-estima e, por fim, mais do que nos despedaçarmos para depois nos recompor, permitir que a dor nos faça desmanchar, até que já não mais saibamos quem realmente somos…
3- Sofrer intensa e dignamente, até compreender e assimilar que a dor é um aprendizado, um amadurecimento, um convite ao mundo de gente grande; usar a dor para evoluir, fazer diferente, reconhecer nossas limitações e transcendê-las…
Claro que a terceira opção é a mais difícil; é como arrancar a ferida sem anestesia, porque não há remédio que alivie; é fundamental sentir o que há para ser sentido, sem mascarar, sem amortecer.
Sendo assim, só existe uma coisa a fazer: encarar a si mesmo e sofrer até que desabroche o grande ensinamento.
Eis aí a mais pura e eficiente sabedoria.
Todos os problemas resolvidos?
De forma alguma.
A vida é cíclica.
O universo é perfeito; e se aqui estamos para nos tornarmos melhores, haveremos de entrar no ritmo de uma dança que intercala alegria e tristeza, amor e indiferença, equívocos e acertos, dor e felicidade, num compasso que pede, enfim, cada vez mais felicidade e menos dor!
Como?
Estando atentos todos os dias.
Admitindo os erros e nos acolhendo.
Reconhecendo o crescimento e festejando.
Olhando para isso tudo do modo mais carinhoso que conseguirmos, sem desistir: o trabalho é de formiga, dia a dia, passo a passo, sem nunca parar…
É assim: a gente repete o erro várias e várias vezes, porque uma coisa é saber e a outra é sentir e fazer…
Primeiro a gente descobre que está fazendo errado; aí tenta fazer o certo, mas ainda não sente e erra de novo.
Até que, um belo dia, a gente acorda e pensa: por que é que estou fazendo isso desse jeito?
Cai a ficha, finalmente, e daí não tem mais jeito, a gente acerta, acerta, acerta…
Só que, num outro belo dia, algo acontece e a gente se fragiliza e quando vê, está lá, errando de novo.
E assim caminha a humanidade…
O segredo?
Acertar mais vezes do que errar, porque acertar sempre é impossível.
É por isso que o caminho não tem fim, porque a gente nunca sabe tudo…
Num dia, está lá em cima, noutro dia, lá em baixo…
É o paradoxo que nos dá a noção do que realmente desejamos…
Por essas e outras, mais do que se culpar ou se afogar em lágrimas deliberadamente, procure saber e sentir, viver e agir, amar e, a despeito dos inevitáveis enganos, tentar de novo e nunca desistir, porque o objetivo é ser melhor e ser feliz!”
by Camila


    “Não escrevo para inflar meu ego mas para criticá-lo."

“Eu poderia escrever sobre muitas coisas das quais passam pela minha mente agora, imaginações, sonhos, fantasias, posso escrever sobre tudo, o mundo, o desconhecido, o universo, mas nada terá a mesma intensidade de quando se vive aquilo que se escreve.”
'Camila Venturin'


Imperar é atributo que sugere poder. O imperador comanda o império, rege com autoridade. Imperativo é tudo o que ordena, o que governa.
Na linguagem temos os verbos imperativos. São aqueles que dão ordens. Sempre que os leio escuto gritos, vozes querendo me convencer do conteúdo que sugerem. O verbo é a casa da ação. Dele se desdobram movimentos. Verbos mobilizam os sujeitos. É a regra da gramática, mas é também a regra da vida.
Penso nas palavras que me ordenam. Quero compreender a razão de gritarem tanto sobre os meus ouvidos e de me moverem para a vida que vivo. A interpretação que faço do mundo passa pelos verbos que imperam sobre mim. Por isso, a qualidade da vida depende dos verbos que imperam sobre ela. 
Gosto de conjugar o verbo “amar” no imperativo – “Ame!” Não há necessidade de complementos. Ame este ou aquele. Ame agora ou depois. Não há justificativas. É só amar. É só seguir a ordem que o verbo sugere. “Ame!” Repito. Não escuto gritos, mas uma voz mansa com poder de conselho. Voz que reconheço ser a de Jesus a me conduzir por um caminho seguro que me fará viver melhor. “Ame!” Ele repete! “Ame!” Ele aconselha.
Tenho aprendido que o amor é o melhor jeito de responder às questões do mundo. Experimento isso na carne. Eu fico melhor cada vez que amo. A religião é a casa do amor, assim como o verbo é a casa da ação. Se não é, não é religião. É esconderijo onde acomodamos nossa hipocrisia. É lugar onde justificamos nossas intolerâncias. É guerra fria que fazemos em nome de Deus.
Eu ainda acredito que o amor é a religião que o mundo precisa. Jesus ensinou isso. Morreu por crer assim. Elevou à potência máxima o imperativo do amor, e não fugiu das consequências. Tenho medo quando nos especializamos em qualificar as pessoas como boas ou ruins, em nome da religião. Tenho medo de deixar que outros verbos imperem sobre minha vida. Verbos que excluem, abandonam, jogam fora e que condenam a partir de aparências...
É nesta hora que eu me recordo do imperativo de meu Mestre - “Ame!” E só assim eu descanso. 
Eu sei que você também costuma se perder em tantas realidades desta vida. Eu sei que o seguimento de Jesus costuma nos colocar em encruzilhadas, porque não há seguimento sem escolhas. É natural que nasçam dúvidas e a gente se pergunte – E agora? Como ser de Deus no meio de tantas realidades contrárias? Como manter o olhar fixo no que cremos sem que a gente precise cometer o absurdo de desprezar os que creem diferente de nós?
Nem sempre conseguimos acertar, fazer da melhor forma. 
Quer um conselho? Ame!
By Camila
Qual o sentido da vida?

Somos programados a viver: - Menina você precisa estudar para “ser alguém” na vida! O que exatamente isso quer dizer? Que devemos arrumar um bom emprego ou montar um negócio para ganhar dinheiro, comprar carro e casa próprios, viajar quando o stress estiver atormentando, cultivar a intelectualidade, vestir-se bem, andar com pessoas de classe, frequentar lugares refinados e, se puder aparecer na TV, perfeita.
Mas, e as pessoas que estão fora dessa realidade utópica, não são “alguém” na vida? Intituladas por de favelados, sem teto, ou até mesmo quem mora de aluguel, quem não tem carro, nem emprego formal, não teve educação, quem são estes? Marginais, bandidos, drogados, vagabundos? Será que todas as pessoas, que não estão nos padrões sociais atuais, são inferiores? O fato de ter instrução me dá o direito de ser presunçosa? O dinheiro me qualifica como alguém melhor?

O que é “ser alguém” na vida?

Todos estão em uma busca incessante por bem estar. O problema está nos padrões ilusórios que a sociedade moderna capitalista impôs. Altura, beleza, gordura, feiúra, riqueza são questões de ponto de vista. As pessoas ficam presas a estereótipos, esquecendo da sua essência. Precisamos ser mais humanos, a felicidade é inconstante, só sabemos que estamos felizes se já vivemos o seu reverso.
Stress, depressão, remédios, plásticas, “lipos”, drogas, produtos alternáveis para fugir da responsabilidade de viver, nada em lugar algum vão lhe fazer sentir melhor, você só vai alcançar a sua plenitude quando se encontrar. O próximo passo é respeitar a diferença, o teu “Eu” acaba quando começa o “Outro” e assim reciprocamente. Não temos um mundo pra cada um, somos indivíduos, pensamos e agimos assim, não podemos deixar, que esse narcisismo nos domine, o outro é imprescindível ao nosso viver.
Sempre estamos em busca de algo pra nos completar, esquecendo que esse objeto de satisfação plena, às vezes não pode ser alcançado, por estar em nós, na nossa mente.
Pare um pouco pra pensar na vida, talvez você esteja feliz hoje e nem saiba.

by Camila