“Me vê uma rodada de vida boa, com 

uma porção extra de amor,

 uma boa dose de amizades

 verdadeiras e boas músicas para 

acompanhar.” 



Quantos sonhos  e desejos ainda temos para serem realizados? Quantas promessas que temos a cumprir? São tantos desafios e prazeres que desenhamos para nossas vidas, porém muitas vezes, não sabemos dar valor ao tempo e àquilo que já conquistamos.

Tendo o orgulho e a ambição como guia, sempre queremos mais e, mais do ‘ter’ e não do ‘ser’.
Para tudo o que queremos concretizar, já pararam para se perguntar sobre quanto tempo ainda temos? A resposta exata, é claro, nunca teremos…
Para ajudar na reflexão, proponho a leitura de Mário de Andrade, com o texto “Não tenho mais tempo”.
“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, roeu o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para Discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos…
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”
Não importa se você que está lendo essa mensagem é jovem ou não; se já preencheu muitos capítulos do livro da vida ou ainda está descobrindo os caminhos nas tentativas-e-erros. Não sabemos se temos mais um ano, dois, dez ou cinquenta de vida. Mas sabemos que, com a consciência elevada, podemos escolher fazer de cada dia uma oportunidade para alegrar a alma, buscar a realização de sonhos e sermos felizes e gratos pela nossa existência. Podemos escolher dar valor ao que temos e aos pequenos gestos ao invés de se julgar infeliz ou uma pessoa sem sorte.
Todas as manhãs, temos a oportunidade de sorrir e bendizer um novo dia, ou não. Essa escolha é fundamental para a leveza das horas que se seguirão.
Não desperdice mais tempo e energia com aquilo que não te faz bem. Não espere a bacia de jabuticabas chegar ao final para descobrir a doçura dessa delicada fruta: tanto as pequenas quanto as grandes tem o seu valor. Enxergue isso agora, tendo 20 ou 70 anos.
Nunca é tarde para ser feliz!!



Tenho e sempre tive a convicção de que esta vida aqui, é uma estação de uma longa viagem de origem e destino desconhecidos. Mas todas as vidas, a minha, a sua, a de todos, passam pelo mesmo caminho que leva ao crescimento humano e espiritual.
Tem quem queira prosseguir a viagem.
Tem quem queira passar voando pela estrada.
Tem quem queira interrompê-la abruptamente.
Tem quem passe alheio a tudo, até mesmo à vida.
Esse aí não vive na verdade…passa o tempo inteiro da viagem, sentado à beira do caminho.
Sem aprender, sem progredir…sem crescer.
Não viaja, nem vive… só sobrevive
Para alguns a viagem é curta… nem chega a desembarcar, embarca de volta.
Para outros a viagem é looooonga!
Há quem leve na bagagem experiências ruins a aprende com elas.
Em outras bagagens, as experiências ruins se transformam em peso…
Pesam muito, viram mágoa e se transformam em doença.
Na minha bagagem, as experiências ruins, transformo em aprendizado. Isso as tornam leves.
Na minha estrada observo cada pedrinha do caminho.
O sol, a chuva, as folhas, as plantas, animais.
Sou feliz por viver, por respirar, andar, enxergar, poder falar, ter corpo perfeito, cérebro que funciona, mente que trabalha.
Observo especialmente o ser humano e suas diversas vestes.
Não as do corpo…por que são irrelevantes…Mas as da alma.
A veste da cultura pode encobrir uma personalidade bronca, rude, vazia, egoísta.
O ouro, a riqueza…podem encobrir a pobreza extrema do espírito
Em contrapartida, a veste da simplicidade pode encobrir um espírito de um estado de nobreza irretocável, sutil, de uma elevação indescritível.
Fim de ano é tempo de repensar.
Reavaliar o que foi feito durante um ano inteiro e sobre o que se pretende mudar.
Ano novo é hora de novos sonhos, novas auto-propostas.
Não adianta sonhar, ter um reveillon maravilhoso, se não houver um reveillon íntimo.
Roupas não vão vestir nem o meu, nem o seu futuro.
Não importa se vou passar de branco, de prata, numa festa em família, vendo a queima de fogos…
Com champanhe, num lugar chiquérrimo, na montanha, à beira da praia ou num barracãozinho.
Nem o cenário, nem o figurino são essenciais…são mero detalhes.
Não importa se vou virar o ano dormindo…
Só não posso dormir por mais um ano.
Fechar os olhos aos meus objetivos, ás minhas metas, ao meu melhoramento.
Se eu fizer isso, não será um ano novo.
Não será nada além de “mais um ano velho”.
Fecho o ano agradecendo.
Agradecendo a chance de existir, de respirar, andar, enxergar.
Ter tido o privilégio de ser trazido a terra pelos meus anjos: pai e mãe.
Ter uma família especial, ter tido uma infância de sonhos e oportunidade de aprendizado de vida, de valor imensurável.
Oportunidade de ter saúde bastante para viver bem.
Oportunidade de trabalho, sob todos os ângulos.
Pela tentativa constante e incansável de manter mãos e coração limpos.
Pela presença de pessoas que me amam e a quem amo também.
E o presente de amigos “presentes”, os mais distantes, os de sempre e os que chegaram de surpresa.
Estou pronta para me revisar…me reavaliar
Faça as malas voce também…
Deixe para traz o que voce não conseguiu melhorar.
Melhore-se, melhore a vida de quem puder…melhore o seu jeito de olhar e agir com o outro, com o mundo.
Siga em frente e boa viagem!
FELIZ 2012!!!!!!!!!!!