"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio:
quando se conhece o fim, quando se
sabe que doerá muito mais - por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando
uma lembrança qualquer, –qualquer coisa que depois de muito tempo a
gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada
seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver
a ilusão do quase, quando estou “quase” certa que
desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita.
Quando eu “quase” tenho certeza que insistir naquilo vai
me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode
não terminar da melhor maneira, que pode não ser do
jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem
arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de
poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado
em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia,
loucura quem sabe…"
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